![](https://freight.cargo.site/t/original/i/1dac80f84ff3d2d3dc716297efca8cecd1d1a92993f5e06ac1a3954cabb14082/filme-1.jpg)
©Cédric Coomans
Chego sempre atrasada aos funerais importantes
Sempre me fascinou a ideia de viver uma aventura num território desconhecido. Acho que vi demasiados road movies, onde a estrada é a passagem para um novo começo, livre das ligações com o passado. Mas ouvi tantas vezes, nesses filmes, “Tens de te perder. Não podes olhar para trás. Tens que romper os teus limites. Tens de deixar a tua zona de conforto. Tens de arriscar mais.”, que comecei a perguntar se o road movie não seria um dos suportes visuais do mantra neoliberal do sujeito como projeto de si próprio, na viagem transcendente da auto-otimização.
Como é que esta narrativa tem afetado o modo como eu – e talvez nós – temos vivido o amor? Existem territórios onde a noção de heroicidade é absurda e problemática?
Como é que nos preparamos para o amor?
Viajei até ao Chile e filmei a minha interpretação de road movie: a história da heroína solitária quando se aventura na procura do amor.
Este filme é dedicado a todos os momentos em que quis percorrer a estrada do amor, mas fiquei presa na baleia da solidão. Como Jonas: “na solitária escuridão da morte, a língua começa finalmente a mover-se. E, no momento em que começa a falar, chega uma resposta.”
O projeto Chego sempre atrasada aos funerais importantes é uma investigação sobre a narrativa do herói solitário na aventura do amor, que deu origem a três trabalhos diferentes: o espetáculo Chego sempre atrasada aos funerais importantes (Teatro Maria Matos, Lisboa, 2018); o filme com o mesmo título (Festival Temps d’Images, Lisboa, 2017) e a performance-percurso Como se o meu amor fosse cego (Nave, Chile, 2017).
Apresentado no Festival Temps d’Images, em Novembro de 2017.
Direção, interpretação e guião: Catarina Vieira
Edição e fotografia: Cédric Coomans
Produção: Vertigo – Associação Cultural
Co-Produção: Teatro Maria Matos, DAS – Graduate School
Edição e fotografia: Cédric Coomans
Produção: Vertigo – Associação Cultural
Co-Produção: Teatro Maria Matos, DAS – Graduate School
Apoio: Festival Temps d’Images/Duplacena;OPART/Companhia Nacional de Bailado; Polo Cultural | Gaivotas Boavista/CML
Financiamento: Fundação Calouste Gulbenkian (Bolsa de Especialização e Valorização Profissional em Artes no Estrangeiro)
Financiamento: Fundação Calouste Gulbenkian (Bolsa de Especialização e Valorização Profissional em Artes no Estrangeiro)
![](https://freight.cargo.site/t/original/i/b7e1ef6c74028616576cbeb2e9edf58c11f0f6c9fee8ecc89e6d730ddcdac620/filme-2.jpg)
©Cédric Coomans
©Cédric Coomans
![](https://freight.cargo.site/t/original/i/d0b7c5975fa64238732cb80b2ddfa09faa2cf4898be9dc9a465df9ec6715cca4/filme-3.jpg)
![](https://freight.cargo.site/t/original/i/5dfbc0dec4fbe124116b536a7bbf92e6a0cedfac1f89629fda9201bd652a7a0b/filme-4.jpg)
©Cédric Coomans
©Cédric Coomans
©Cédric Coomans
![](https://freight.cargo.site/t/original/i/aa860bc9f232c0c31b511f76bc864f02a99e8066be7e3ee9f0f0f65f6993a55a/filme-5.jpg)
![](https://freight.cargo.site/t/original/i/3c614bdaf5a2a64e00b8e805558c0de07b1dc31e895b2d348140b6812520d2ac/filme-7.jpg)
![](https://freight.cargo.site/t/original/i/6afec972ce41d93c19083f1098fcc166a0cf8925a4f3165b2a569f13fb3f60f6/filme-5.jpg)
©Cédric Coomans