
©Carlos Carneiro
Quando os anjos falam de amor
de Henrique Furtado Vieira com Catarina Vieira, Leonor Mendes e Sérgio MatiasQuando os Anjos Falam de Amor é uma performance-ritual que transforma a intimidade num gesto político de escuta e reparação. Inspirada nos Caça-Fantasmas, uma equipa de artistas-performers visita famílias e constelações afetivas para invocar as presenças invisíveis que habitam o tecido da intimidade - lutos, legados e desejos de amor.
Em cada casa transformada em território ritual, convocam-se as forças contraditórias do cuidado e da violência, os ecos dos antepassados, o amor como um estado que (se) transforma, e os sonhos por vir. Cada sessão é construída como um espaço de prática e de partilha de histórias contadas, palavras de luta, gestos oraculares, oferendas afetivas e danças silenciosas que atravessam o visível e o invisível.
Guiada pela pergunta "e se a intimidade pudesse ser um lugar seguro?", esta performance cruza o pensamento de pessoas como bell hooks, Edouard Louis, Alexandre Coimbra Amaral e Marshall Rosenberg, com práticas de cuidado coletivo, evocando anjos não como entidades salvadoras, mas como presenças internas, celulares, que sussurram outras formas de amar - menos idealizadas e mais encarnadas.
Aqui, o amor não é só um sentimento, mas uma ação concreta e subversiva: escutar com o corpo, falar com responsabilidade, cuidar sem anular ninguém, deixar-se cuidar sem medo. Os anjos desta performance não têm asas - têm carne, têm dúvidas, têm desejo de aprender.
"Quando os Anjos Falam de Amor" é um chamamento para que, entre os escombros do que herdámos, possamos imaginar vínculos mais justos, relações mais vivas, e novas possibilidades de comunhão. Um pequeno ritual pela paz - íntima, coletiva, radical.
Este trabalho nasce de um processo pessoal de perda e tentativa de compreensão: a ruptura de um núcleo familiar profundamente desejado, o luto por um projeto de vida que se desfez e a vontade profunda de oferecer, à minha filha e ao mundo, outra visão possível de “família” - uma onde o amor se manifeste como prática quotidiana, e não apenas como promessa ou ideal. Para tratar estas questões, convidei colaboradoras próximas a juntarem-se a mim neste processo, trazendo também as suas próprias histórias de amor e violência. Juntas, damos forma a uma resposta performativa que é, ao mesmo tempo, escuta, exposição e tentativa de reparação.
Estreia 23 a 27 Setembro 2025, Casas de habitantes de Vila do Conde, Porto, Braga, Guimarães. no âmbito do Festival Circular, Vila do Conde/Portugal.
Direcção artística,
co-criação e performance: Henrique Furtado Vieira
Performance e co-criação: Catarina Vieira, Leonor Mendes e Sérgio Diogo Matias
Figurinos e Objectos: Marisa Escaleira
Olhar Exterior: Joclécio Azevedo
Registo Documental: Maria João Guardão
Coordenação de projeto: Daniela Ribeiro / O Rumo do Fumo
Produção executiva e comunicação: Carlota Borges Lloret / O Rumo do Fumo
Performance e co-criação: Catarina Vieira, Leonor Mendes e Sérgio Diogo Matias
Figurinos e Objectos: Marisa Escaleira
Olhar Exterior: Joclécio Azevedo
Registo Documental: Maria João Guardão
Coordenação de projeto: Daniela Ribeiro / O Rumo do Fumo
Produção executiva e comunicação: Carlota Borges Lloret / O Rumo do Fumo
Apoio financeiro: GDA,
O Rumo do Fumo
Co-produção: Festival Circular, Temps d’Images, Asta - Teatro e Outras Artes - Covilhã
Agradecimentos: António Simões, Carlota Lloret, João Albano, Laura Virissimo, Leonor Cabral, Lígia Soares, Luísa Fidalgo, Mariana Ferreira, Paulo Quedas, Raquel André, Roque Ricardo, Simone Rodrigues, Sofia Simões, Tónan Quito
Co-produção: Festival Circular, Temps d’Images, Asta - Teatro e Outras Artes - Covilhã
Agradecimentos: António Simões, Carlota Lloret, João Albano, Laura Virissimo, Leonor Cabral, Lígia Soares, Luísa Fidalgo, Mariana Ferreira, Paulo Quedas, Raquel André, Roque Ricardo, Simone Rodrigues, Sofia Simões, Tónan Quito
O Rumo do Fumo é uma estrutura financiada por República Portuguesa - Cultura | Direcção-Geral das Artes

©Carlos Carneiro
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